Você tem medo de errar quando vai falar em inglês? Tem inseguranças para conseguir responder a uma pergunta ou começar uma conversa? Ou até mesmo fazer uma entrevista de emprego em inglês? Lembre-se: ficar nervoso e se sentir inseguro em algo que a gente ainda não domina é super normal. O mais importante é você não deixar que o medo te paralise. Entenda que todos nós erramos e errar também faz parte da sua caminhada rumo à fluência no inglês.

Hoje, eu quero te mostrar porque errar não é algo tão ruim quanto você imagina. Segundo a ciência, vamos entender o que significa errar em um idioma. Mas antes disso, precisamos entender o que significa esse medo.

De acordo com o Oxford Languages, medo é “temor, ansiedade irracional ou fundamentada; receio”. Além disso, esse dicionário traz ainda uma definição baseada na psicologia que também é muito interessante: “estado afetivo suscitado pela consciência do perigo ou que, ao contrário, suscita essa consciência”. E o medo de errar está diretamente ligado a essas duas definições que eu trouxe aqui. 

Na verdade, o erro faz com que um alarme de “perigo” soe em nosso cérebro de forma ameaçadora. E por que isso acontece? Como eu já disse anteriormente, errar faz parte da caminhada e, às vezes, por mais que isso esteja claro, o medo de falhar não é anulado. Podemos entender melhor o motivo disso quando compreendemos o que acontece no nosso cérebro quando estamos com medo.

Conforme a neurociência, o medo está ligado a nossa amígdala – que, além de estar envolvida em outras emoções, trabalha para identificar sinais de ameaças. Normalmente, a amígdala – localizada no sistema límbico – fica inativa, mas isso muda ao menor sinal de perigo. Assim, o medo é capaz de ativar algumas áreas cerebrais. Vamos ver cada uma delas separadamente:

Córtex cingulado anterior dorsal: área responsável por determinar a importância do estímulo, ou seja, essa região é capaz de direcionar nossa atenção e de promover um estado de mais racionalidade, atuando como uma espécie de “mediador de conflitos”.

Córtex pré-frontal dorsolateral: essa região associa-se com a expressão de respostas fisiológicas e regulação emocional do medo.

Ínsula: ela está localizada dos dois lados do nosso cérebro e é responsável por agregar informações fisiológicas e cognitivas. Por causa dela, nós podemos fazer previsões do que pode vir acontecer, e, como reflexo, antecipar possíveis consequências.

Perceba que são essas três áreas do cérebro que fazem com que nosso coração acelere para tentar encontrar uma rota de escape. Quando nós suamos, por exemplo, nossos músculos se preparam para uma fuga e nossa atenção está totalmente focada em escapar. O medo de errar, entretanto, não precisa te causar tudo isso. Nós podemos, sim, superar esse problema.

Errar é uma forma de estimular o cérebro. Não é apenas uma frase pronta quando eu digo que o erro faz parte do seu caminho rumo à fluência. É científico!

De acordo com Jason Moser, psicólogo americano, quando cometemos um erro, nossas sinapses – sinal elétrico que se move entre as partes do nosso cérebro quando ocorre algum aprendizado – disparam. E o que isso significa de fato?

Bom, Moser e seu grupo estudaram os mecanismos neurais que operam em nosso cérebro quando cometemos erros e descobriram algo incrível: nosso cérebro cresce, isto é, ele expande quando erramos, mesmo que não tenhamos ciência desse erro.  É no momento que você está no campo de batalha que o cérebro está sendo desafiado. Portanto, o desafio resulta em crescimento.

Entenda que isso não é algo exclusivo daqueles que corrigem seus erros e resolvem um problema de maneira adequada. Como eu mencionei anteriormente, não precisamos nem identificar que estamos errando para que sejam disparadas essas sinapses que criam essas faíscas cerebrais.

Somado a tudo isso, o psicólogo ainda descobriu que nosso cérebro tem duas respostas quando cometemos um erro. Uma delas é chamada de Pe, um sinal cerebral que pode te fazer refletir, de forma consciente, sobre a atenção aos erros. Só que para isso, é preciso que você esteja ciente de que cometeu uma falha. A outra, é a resposta ERN, onde há um aumento da atividade elétrica quando o cérebro encontra-se em conflito entre uma resposta certa e um erro. Curiosamente, a ERN acontece independentemente de você saber ou não que cometeu um erro.

Que tal mudar sua mentalidade quando cometer um erro? Não é apenas a oportunidade de aprender com uma falha, mas também de entender que seu cérebro está crescendo. É claro que não sou eu que estou dizendo isso, mas sim os estudos de neurociência e psicologia sobre essa situação. Se a partir de agora você conseguir compreender que seus erros são benéficos, você não vai ficar se sentindo mal por ter falhado.

Eu entendo, entretanto, que leva tempo para que consigamos virar essa chavinha de que o medo é um inimigo, porque fomos criados assim e está tudo bem. Como eu disse no início deste texto, a partir de hoje, você mudará suas convicções com algumas dicas que eu separei para que o medo de errar seja deixado para trás.

1. ENTENDA AS SUAS EMOÇÕES

Liste todas as verdades que você precisa aceitar sobre seus sentimentos e pensamentos e passe a agir de acordo com os seus valores. Por exemplo, “eu tenho medo de falar inglês em público”. Perceba que esse receio esconde também o medo de errar, de passar vergonha, de conquistar uma memória constrangedora. Nesse caso, o seu cérebro vai associar o inglês a uma ameaça. E não é isso que queremos aqui.

Anuncie seu medo em alto e bom tom para ajudar a enfraquecê-lo. Não tenha medo dos seus medos. Aceite-os e entenda que o erro não é um inimigo. Repita esse processo para cada um de seus medos, pois isso vai te ajudar a agir quando o caminho não estiver tão claro. Ademais, evite cair na armadilha da ansiedade; ela só vai aumentar as suas incertezas.

2. TENHA PAIXÃO E CURIOSIDADE

Quando estamos dispostos a explorar algo desconhecido – como aprender outro idioma, experimentar um alimento diferente ou viajar para outro país – nosso cérebro se prepara para aceitar a incerteza. Em 2019, um estudo revelou o motivo disso: as áreas do cérebro que são ativadas, quando enfrentamos novas ideias ou passamos por desafios criativos, são as mesmas de quando assumimos riscos calculados. Isso significa que a criatividade intrínseca – que indica o quão apaixonado você está pelo processo – aumenta nossa intolerância no que diz respeito ao sentimento de incerteza.

Isso quer dizer que quanto mais você trabalhar com algo que te desperte paixão, mais fácil será superar esse medo de errar. Se você entende que aprender inglês é necessário, significa que sua curiosidade já foi instigada. Então, apaixone-se pelo processo! Eu trabalho de forma minuciosa isso no meu curso fechado de inglês, com o propósito de levar meus alunos a visualizarem e sentirem a emoção do que é viver o sonho que o objetivo final irá lhes proporcionar.

3. TENHA FOCO EM SEUS PROCESSOS

Não se preocupe tanto com o futuro. Foque nas soluções pontuais dos problemas para não se angustiar na presença de uma ameaça futura. Assim, você conseguirá direcionar a sua preocupação para comportamentos que poderão reduzir drasticamente as chances de fracasso.

4. ISSO É UM RASCUNHO

Tente criar a cultura do “pensamento de rascunho” e da “conversa de rascunho”. Afinal, o que seria isso? Entender que seus pensamentos e suas falas são apenas um primeiro esboço de suas emoções pode deixá-lo mais confortável para “cometer erros” e revisá-los sem se preocupar em estar certo ou errado.

Essa prática que eu indiquei antes te dará a oportunidade de esboçar soluções iniciais sem se sentir mal por ter falhado. 

Para esclarecer mais o que eu falei, tomemos como exemplo o império que é a Disney. Para a empresa, erros e criatividade andam de mãos dadas. Walt Disney, o fundador, entendia que sua empresa tinha como produto principal a fantasia; então, ele incentivava seus mecânicos, designers e engenheiros – os famosos Imaginadores – a quebrar as coisas, a pensar de uma forma mais ampla.

Van Arsdale France, um dos primeiros funcionários da companhia, disse que não se lembrava de ninguém que tinha sido demitido por ter uma ideia idiota ou por cometer um erro.

5. RECONHEÇA QUE O MEDO É REAL

Como eu disse anteriormente, o medo de errar está enraizado em nós. Jo Boaler, professora de Stanford, escreve em seu livro “Limitless Mind: Learn, Lead, and Live Without Barriers” que alunos que se sentem ansiosos em relação à matemática ativam o “centro do medo” no cérebro quando se deparam com números; o mesmo centro do medo que acende quando uma pessoa vê um cobra ou aranhas, por exemplo.

Nós precisamos identificar e substituir os pensamentos destrutivos de forma ativa. Segundo a psicóloga e pesquisadora Angela Duckworth “temos que substituir o pensamento ‘sou estúpido’ por ‘estou aprendendo'”.

Eu te expliquei cientificamente que errar é algo benéfico e te dei 5 dicas valiosas para superar o seu medo de errar porque eu sei o quanto esse receio pode ser um entrave no seu aprendizado – não só do inglês, mas de qualquer outra habilidade que você queira conquistar. 

Entenda que os erros não acontecem “do nada”. Eles têm, na verdade, uma origem e significam que você está raciocinando, buscando possibilidades para aquele contexto. A partir disso, naturalmente, vamos criando sinapses neurais e expandindo nossa mente.

Errar não nos faz menos inteligentes, não significa que somos burros. Aliás, é exatamente o contrário. Você só vai errar se você tentar e se esforçar em aprender uma coisa que não sabe. Vai ser desconfortável? Vai! E isso ocorre porque no início você estará fazendo algo que não é natural para você, mas os erros FAZEM PARTE e eles não são ruins!

Toda vez que cometer um erro, lembre-se: seu cérebro está em expansão.

Eu fiz um vídeo explicando mais sobre esses conceitos:

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English Teacher, Coach, a True Believer. Acredita que todos podem aprender inglês mais rápido e com mais propósito com a ajuda do coaching. Logo, acredita que o inglês é a melhor, mais básica e mais rápida de todas as ferramentas disponíveis para que alguém mude sua vida para melhor. O inglês é a chave que abre portas, é a janela pro mundo, é a linha base que conecta ideias e pessoas dos quatro cantos do planeta.