A identidade bilíngue é uma característica rica e multifacetada que engloba muito mais do que a simples habilidade de falar duas línguas. Ela envolve aspectos culturais, emocionais e cognitivos que moldam a maneira como uma pessoa percebe o mundo e a si mesma.
Muitas vezes, aprender inglês vai além de adquirir conhecimento gramatical e vocabulário. Trata-se de se enxergar como alguém pode navegar por dois idiomas com confiança. Para um bilíngue, a vida está acontecendo independente de qual seja o idioma ao seu redor. Neste post, vamos explorar como ativar essa identidade, começando pela mentalidade e as práticas necessárias para progredir de forma eficaz e natural.
Crenças limitantes são pensamentos internalizados que restringem seu potencial. No contexto do aprendizado de inglês, elas podem se manifestar como frases do tipo: “Nunca serei bom o suficiente”, “Eu sempre erro”, ou “Só quem morou fora pode ser fluente”. De acordo com Carol Dweck, autora de “Mindset – A nova psicologia do sucesso”, adotar uma mentalidade de crescimento é fundamental para superar esses pensamentos autossabotadores e se abrir para a aprendizagem contínua. Dweck argumenta que, ao acreditar na capacidade de evolução, você se permite errar, aprender e se desenvolver, rompendo com o medo de falhar.
Quando você começa a se enxergar como uma pessoa bilíngue, algo muda dentro de você. A confiança para se expressar cresce, e você passa a ver o aprendizado como uma jornada de expansão pessoal e não apenas uma tarefa acadêmica.
Estratégias para Superar Crenças Limitantes
- Questione suas crenças: Identifique pensamentos que te impedem de progredir. Pergunte-se: “Isso é realmente verdade? Posso encontrar exemplos que provem o contrário?”.
- Mude a forma como se enxerga: Visualize-se falando inglês com fluência e confiança. Essa técnica de visualização ajuda a enviar sinais ao cérebro de que você é capaz.
- Celebre pequenas vitórias: Cada avanço, por menor que seja, deve ser celebrado. Isso reforça a crença de que você é capaz e motiva a continuar.
Quem Você Se Torna no Processo
Adotar uma identidade bilíngue faz de você uma pessoa mais adaptável e criativa. A exposição constante a um novo idioma e a culturas diferentes amplia sua visão de mundo, desenvolve empatia e melhora suas habilidades de comunicação em geral. Além disso, ser bilíngue é um exemplo prático de lifelong learning, conceito discutido pela Universidade de Stanford, que destaca a importância da aprendizagem contínua para manter a adaptabilidade e a inovação.
Superar crenças limitantes e transformar sua percepção de quem você é faz parte da ativação da sua identidade bilíngue. Com uma mentalidade de crescimento, você pode transformar obstáculos em degraus para a fluência e, consequentemente, evoluir em outras áreas da sua vida.
Como Funciona o Cérebro de uma Pessoa Bilíngue: Um Olhar Científico Profundo
Adotar uma identidade bilíngue não só transforma a forma como você aprende e interage com o mundo, mas também provoca alterações importantes no cérebro. Estudos na neurociência mostram que o bilinguismo tem efeitos positivos em várias áreas cerebrais, tornando o cérebro mais eficiente, flexível e resistente.
Mudanças Estruturais no Cérebro
Pesquisas de neuroimagem revelam que pessoas bilíngues têm uma maior densidade de substância cinzenta nas regiões associadas ao processamento de linguagem, como o córtex pré-frontal e o lobo parietal. Essas áreas são responsáveis por funções como memória, controle cognitivo e habilidades de multitarefa. A prática de alternar entre dois idiomas exige que essas áreas sejam mais ativas, resultando em um maior desenvolvimento estrutural.
Segundo um estudo publicado na Cerebral Cortex, as conexões entre os hemisférios do cérebro também são mais robustas em bilíngues, permitindo uma comunicação mais eficiente entre diferentes partes do cérebro. Essa característica contribui para a capacidade de adaptação e resolução de problemas, habilidades fundamentais em situações complexas.
Efeitos na Função Executiva
A função executiva refere-se às capacidades cognitivas que permitem planejamento, controle da atenção e execução de tarefas simultâneas. Pessoas bilíngues têm um desempenho superior nessas funções, uma vez que a alternância entre idiomas requer que o cérebro ative rapidamente e inative o uso de uma língua, enquanto se concentra na outra. Essa prática constante de “troca de códigos” fortalece a capacidade de foco e atenção seletiva, uma vantagem evidente em situações que requerem multitarefa.
Um estudo conduzido pela Universidade de York descobriu que crianças bilíngues apresentavam maior habilidade de concentração em atividades não relacionadas ao idioma, comprovando que o benefício do bilinguismo se estende a áreas cognitivas fora do escopo linguístico.
Resistência ao Declínio Cognitivo
Um dos achados mais notáveis sobre o bilinguismo é a relação entre falar dois idiomas e a resistência ao declínio cognitivo. Um estudo publicado na Neurology concluiu que pessoas bilíngues têm um atraso médio de 4 a 5 anos no aparecimento de sintomas de doenças neurodegenerativas, como o Alzheimer, em comparação com monolíngues. Essa resistência é atribuída ao “exercício mental” constante que o cérebro bilíngue realiza, fortalecendo a reserva cognitiva.
Neuroplasticidade e Adaptação
A neuroplasticidade, ou a capacidade do cérebro de reorganizar e criar novas conexões neurais, é significativamente maior em pessoas bilíngues. O aprendizado e a prática de dois idiomas exigem que o cérebro se adapte constantemente a novas regras gramaticais, vocabulário e estruturas de frases. Essa adaptação contínua não só melhora a fluência, mas também a capacidade de aprender outras línguas ou desenvolver novas habilidades.
Impacto na Personalidade e na Identidade
O impacto de se tornar bilíngue vai além do aspecto neurológico; ele afeta a identidade pessoal e a forma como alguém se expressa. Estudos mostram que pessoas bilíngues tendem a ajustar suas personalidades de acordo com o idioma falado. Essa mudança, conhecida como mudança de personalidade linguística, reflete como as nuances culturais e sociais de cada idioma influenciam o comportamento e a maneira de pensar.
Eu gravei um vídeo, por exemplo, falando sobre quando um polonês me chamou de “burra” e eu me ofendi. No vídeo, eu explico sobre a questão cultural e linguistica, já que “burro” para um polonês significa alguém teimoso, já que o burrinho empaca.
Veja também esses 5 exemplos comparando como a mudança de personalidade linguística pode se manifestar em inglês e português:
- Expressividade emocional:
- Em inglês: “I’m so excited!” (usado de forma intensa, mas pode parecer mais contido).
- Em português: “Estou tão empolgado!” (geralmente mais espontâneo e expressivo).
- Nível de assertividade:
- Em inglês: “I think we should try this approach.” (mais suave e diplomático).
- Em português: “Acho que devemos tentar essa abordagem.” (pode soar mais direto).
- Uso de humor:
- Em inglês: “Oh, you’re too funny!” (humor leve e frequentemente usado com sarcasmo).
- Em português: “Você é hilário!” (mais direto e genuíno).
- Empatia:
- Em inglês: “I’m here for you, no matter what.” (sutil e reconfortante).
- Em português: “Estou aqui para você, aconteça o que acontecer.” (mais enfático).
- Formalidade:
- Em inglês: “Thank you for your time, I really appreciate it.” (educado, mas informal).
- Em português: “Agradeço pelo seu tempo, é muito importante para mim.” (pode soar mais formal).
O cérebro bilíngue é um exemplo fascinante da complexidade e adaptabilidade humana. As mudanças estruturais e funcionais, a melhoria na função executiva, a resistência ao declínio cognitivo e o aumento da neuroplasticidade mostram que aprender e praticar um segundo idioma não é apenas uma habilidade útil, mas um verdadeiro investimento na saúde mental e na capacidade de adaptação ao longo da vida.
Vamos então a um passo a passo para que você possa ativar a sua identidade bilíngue:
1. Conecte-se com a Cultura
Aprender um idioma também envolve mergulhar na cultura que o cerca. Assistir a filmes, escutar músicas e ler sobre diferentes culturas de língua inglesa ajuda a compreender nuances que não aparecem em livros didáticos. Isso transforma o processo de aprendizado, tornando-o mais imersivo e interessante. Busque temas que te interessa pela perspectiva de culturas diferentes (não necessariamente de um país que fala inglês nativamente. Por exemplo, se você se interessa por gastronomia, busque materiais (vídeos, livros, podcasts) de pessoas de países diferentes falando sobre a culinária local em inglês. Você vai perceber como as diferentes culturas buscam pontos em comum na comunicação para chegar ao objetivo de se comunicar, independente da cultura).
2. Cultive a Confiança para se Expressar
Muitas pessoas que aprendem inglês, especialmente brasileiros, enfrentam o medo de errar ao falar. Esse medo pode estar ligado à preocupação com o julgamento alheio, ao perfeccionismo ou até à comparação com nativos. No entanto, é essencial lembrar que errar faz parte do processo de aprendizagem.
A confiança para se expressar em inglês vem da prática constante e da aceitação de que erros são normais e até necessários para o crescimento. Se você não pratica por medo de errar, acaba limitando seu progresso. É nesse momento que você identifica onde estão os possíveis pontos de melhoria! A melhor forma de vencer essa barreira é se cercar de um ambiente acolhedor, onde você possa testar suas habilidades sem medo de ser criticado. Por exemplo, praticar com outros aprendizes ou em grupos de conversação onde todos estão no mesmo barco pode ajudar, como no CIIA por exemplo.
Outra dica importante é não se comparar com falantes nativos ou outros alunos mais avançados. Cada pessoa tem seu próprio ritmo de aprendizado. E, lembre-se, até mesmo nativos cometem erros! O objetivo não é ser perfeito (até porque perfeição nesse caso não existe, rs), mas sim comunicar-se de forma eficaz.
Aqui, entra também o conceito de autoaceitação. Entenda que ao se expressar em uma língua estrangeira, você está expandindo sua capacidade de comunicação e abrindo portas para novas culturas e oportunidades. Isso por si só já é um grande feito, e os erros fazem parte dessa construção. Aceitar suas falhas como uma parte natural do caminho é crucial para ganhar confiança.
A confiança para falar inglês aumenta quando você começa a perceber pequenas vitórias, como entender uma conversa ou conseguir formar frases mais complexas. Por isso, celebre seus progressos! Quanto mais você pratica e se desafia, mais essa confiança cresce.
3. Seja Constante na Exposição ao Idioma
A chave para ativar sua identidade bilíngue é a exposição constante. Estude diariamente, mesmo que por poucos minutos, e envolva-se com o idioma em diferentes formas: vídeos, podcasts, conversas. Quanto mais você ouve e pratica, mais natural o idioma se torna. A confiança para se expressar vem de um input/output bem feito. Input: Quando o inglês “entra” (ler e ouvir). Output: Quando o inglês “sai” (falar e escrever). INPUT e OUTPUT precisam fazer parte da sua vida, de quem você é, da sua rotina. Sua exposição ao inglês deve ser constante, independente do país em que está. Dentro do CIIA trabalhamos essas atividades com intensidade dentro de um cronograma detalhado, além de trabalharmos a parte emocional do aluno. Lembre que “estudar” não precisa necessariamente ser aquele estereótipo de você sentado com um livro na mão. Nossa capacidade de aprender e reforçar novas sinapses está acontecendo a todo tempo. Quando você ativa a sua identidade bilíngue, seu interesse e curiosidade ficam aguçados e você começa naturalmente a focar naquilo que você direciona a sua atenção.
Nesse ponto, é importante entender o papel do Sistema de Ativação Reticular (SAR), uma parte do cérebro que age como um filtro, direcionando o foco para aquilo que consideramos relevante.
Quando você decide que aprender inglês é uma prioridade e se expõe ao idioma constantemente, o SAR entra em ação. Ele ajuda a concentrar sua atenção no que é relevante para o seu objetivo, como palavras ou expressões que você encontra repetidamente. Isso significa que, ao inserir o inglês no seu cotidiano, seja assistindo a vídeos, ouvindo músicas ou lendo artigos, o SAR começa a focar nesses conteúdos e a processá-los de forma mais eficiente. isso é natural do nosso cérebro.
O SAR também ajuda a ignorar distrações, aumentando o foco no aprendizado e facilitando a retenção de novas informações. É como se o seu cérebro começasse a “notar” o inglês ao seu redor de maneira mais ativa, permitindo que você absorva o idioma com mais naturalidade.
Portanto, ser constante na exposição ao inglês é mais do que apenas repetir atividades de aprendizado ou revisar seu ANKI. É também uma maneira de treinar seu cérebro para reconhecer, focar e reter informações em inglês de maneira mais eficaz, o que acelera seu progresso no idioma.
4. Neurolanguage Coaching: Seu Cérebro em Ação
O Neurolanguage Coaching é uma abordagem que leva em consideração como seu cérebro aprende de maneira a otimizar seu sistema límbico (suas emoções e sua memória) de maneira mais personalizada. Isso significa adaptar suas técnicas de estudo para o seu estilo de aprendizado, potencializando o processo. Ativar uma identidade bilíngue é ativar a SUA IDENTIDADE. Já parou pra pensar por que o inglês te interessa? Perceba ao seu redor, todo mundo que você conhece se interessa tanto assim como você? isso é SEU. Abrace o fato de que ser bilíngue faz parte de quem você é e isso envolve muitos gostos e interesses que você pode estimular sempre que possível: viagens internacionais, videos no youtube ou filmes que mostrem lugares que você tem interesse em conhecer, cursos (presenciais ou online) de estrangeiros que falem sobre os assuntos que você gosta, livros em inglês sobre algo relacionado à sua carreira ou algum hobby.
Nosso cérebro responde de maneira única a diferentes tipos de estímulos, e compreender essa dinâmica pode fazer toda a diferença no aprendizado de uma nova língua (aliás, se ainda não baixou meu e-book gratuito sobre “qual é o seu estilo de aprendizagem”, baixe AQUI). Um dos princípios do Neurolanguage Coaching é reduzir o estresse e a ansiedade durante o processo de aprendizado. Quando nos sentimos estressados ou sobrecarregados, nosso cérebro libera hormônios como o cortisol, que podem prejudicar nossa capacidade de absorver e reter informações. O Neurolanguage Coaching, ao reconhecer e gerenciar esses fatores, cria um ambiente de aprendizado mais relaxado e produtivo.
Além disso, o Neurolanguage Coaching incentiva o aluno a definir metas claras e mensuráveis, baseadas em suas necessidades pessoais e objetivos de longo prazo. Através dessa abordagem, você pode focar nos aspectos da língua que mais impactam seu cotidiano, como expressões usadas no trabalho ou no seu círculo social, tornando o aprendizado mais relevante e motivador.
Desta forma, o aprendizado de inglês também é estruturado em torno de estratégias cognitivas que facilitam a retenção de informações. Por exemplo, a prática de intervalos espaçados, que envolve revisar um conteúdo em diferentes momentos, ajuda a fortalecer as conexões neurais associadas ao idioma, aumentando a memorização a longo prazo. As pausas incluem pausas estratégicas dentro de um cronograma (o que fazemos dentro do CIIA) além dos intervalos espaçados nas revisões do ANKI com o SRS.
Outra técnica poderosa é a visualização. Estudos mostram que visualizar o uso de palavras e frases em contextos reais ajuda a solidificar o aprendizado. Se você está aprendendo novas palavras, tente imaginar cenas específicas onde você usaria esse vocabulário. Isso cria conexões emocionais e contextuais, ajudando o cérebro a processar e lembrar mais rapidamente. Tenha também um Vision Board pessoal.
Ativando sua identidade bilíngue através do coaching
Ao integrar práticas que abordam a mentalidade e a autoimagem, o coaching permite que o aluno desenvolva uma nova perspectiva sobre o processo de se tornar bilíngue. Em vez de se sentir intimidado ou ansioso, você começa a perceber que aprender um novo idioma é uma jornada e não um destino final. Essa mudança de mentalidade reduz a pressão por perfeição e amplia seu engajamento. Não existe o “vou aprender TUDO em X tempo”. É possível destravar em pouco tempo, isso é totalmente possível. Mas cuidado com essas “verdades” ou ïlusões”, ninguém sabe TUDO de um idioma, nem mesmoum falante nativo da língua. Você sabe tudo do português? Pense nisso.
5. Reveja como Você se Enxerga
Como você se vê no processo de aprendizado? Se você acredita que aprender inglês é algo difícil ou impossível, essa visão vai influenciar seu comportamento. Comece a se enxergar como uma pessoa bilíngue em construção. A grande chave aqui é como você se enxerga. Como você vê seu próprio potencial? Como você identifica o seu valor próprio? Pode parecer bobagem, mas já vi inúmeros casos que o aluno possui vocabulário, tem uma pronúncia excelente, mas se coloca em uma posição inferior a um estrangeiro.
Esse pensamento muitas vezes está relacionado à chamada “síndrome do vira-lata”, termo popularizado por Nelson Rodrigues para descrever a sensação de inferioridade que alguns brasileiros sentem em relação aos estrangeiros. Muitos se acham menos capazes de dominar o inglês em comparação com nativos, o que não é verdade.
Essa mentalidade pode limitar seu aprendizado e sua confiança. Quando você muda essa visão e começa a se enxergar como alguém perfeitamente capaz de ser bilíngue (porque todos são!), sua atitude diante do idioma muda. Aceite que errar faz parte do processo e, em vez de se ver como inferior, abrace o fato de que aprender uma nova língua é um grande mérito (muitos falantes nativos ficam impressionados em como alguém se conecta em uma segunda língua. Muitos deles não sabem nenhum outro idioma além do inglês!). Mude sua perspectiva e veja como isso afeta diretamente sua confiança e seu progresso.
Outro exercício bacana que você pode adotar é se imaginar lá na cena onde você está se comunicando em inglês com confiança. Fazemos isso com a atividade do VISION BOARD.
A pergunta aqui é: Você se enxerga como uma pessoa bilíngue (independente do seu nível de inglês)? Você se enxerga como uma pessoa capaz de se expressar, expressar quem você é? Você se enxerga como uma pessoa capaz de aprender coisas novas? Enquanto você não reconhecer sua própria capacidade e seu próprio potencial, você não vai ativar a sua identidade bilíngue. Guarde isso.
6. A Jornada Não é Linear
Muitas pessoas que estão aprendendo inglês acreditam que o progresso deve ser constante e linear — você começa no básico, avança para o intermediário, avançado e finalmente alcança a fluência. No entanto, a realidade do aprendizado de um novo idioma é muito mais espiral do que linear. Isso significa que, em vez de seguir uma linha reta, você revisita conceitos, reforça o que já aprendeu e se expande gradualmente. Sua zona de conforto se estabelece, então você expande para uma zona de desconforto e progride, em uma espiral ascendente progressiva.
Durante essa jornada, você encontrará altos e baixos, e isso é completamente normal e esperado. Em alguns momentos, você sentirá que está avançando rapidamente, entendendo frases, participando de conversas e até assistindo a filmes em inglês sem legendas. Mas em outros momentos, você pode sentir que não está fazendo progresso algum — como se estivesse estagnado. É importante não se desmotivar nesses momentos.
A espiral do aprendizado envolve retornar a conceitos que você já conhece e aprofundá-los. Por exemplo, ao longo do seu percurso, você vai revisitar temas básicos, como tempos verbais, mas com uma perspectiva diferente. Um tempo verbal que parecia simples no início, como o presente contínuo, pode ganhar novas camadas de complexidade quando você começa a usá-lo em diferentes contextos ou expressões idiomáticas. E o melhor de tudo: isso demonstra que você está aprendendo de maneira mais sofisticada e profunda.
Exemplo:
I’m leaving the company.
Eu estou deixando a empresa.
Uma frase no presente contínuo. Isso está acontecendo no momento.
Mas se você adiciona um “tomorrow” no final, essa frase com a mesma estrutura se torna algo no futuro:
I’m leaving the company tomorrow.
Eu estou deixando a empresa amanhã / Deixarei a empresa amanhã.
São pequenos detalhes que você vai lapidando ao longo do processo. Cada vez que você pega sua “pedra bruta e lapida ela”, você adiciona mais um tempero no seu processo de ativar a sua identidade bilíngue. A forma como você expressa seu mundo e suas ideias vão se complexificando.
7. A Importância de Expectativas Realistas
Muitos alunos acreditam que precisam dominar absolutamente tudo para serem fluentes, o que pode gerar frustração. A verdade é que, mesmo entre falantes nativos, ninguém sabe absolutamente todas as palavras ou expressões. O importante é a comunicação eficaz (entender, falar e ser entendido), e você vai continuar aprendendo ao longo da vida. A gente nunca para de aprender novas palavras e expressões em inglês e também nunca paramos de aprender sobre nós, sobre nossa identidade, sobre quem somos, nossos valores, o que queremos conquistar. Tudo isso vai sendo lapidado e forjado ao longo da vida.
Ativar sua identidade bilíngue é mais do que adquirir habilidades linguísticas — é sobre abraçar o inglês como parte de quem você é. Seja constante, confie em si mesmo e mergulhe no idioma com propósito. O processo de aprender é pra sempre, mas com a mentalidade certa, você verá que cada dia é uma oportunidade de se aproximar cada vez mais da fluência (entender, falar e ser entendido).
Stay Strong,
Teacher Ina.
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